A visão do Espiritismo sobre as guerras

As disputas e guerras, sejam em âmbito macro ou micro, sempre estiveram e continuam presentes no dia a dia da população de um mundo de provas e expiações, como a Terra. As turbulências se intensificaram em 24 de fevereiro com a invasão da Ucrânia pela Rússia. Neste momento, vale relembrar pontos fundamentais da Doutrina Espírita e reforçar a importância de aplicação dos preceitos do Espiritismo na presente encarnação, atentando para evitar se deixar envolver na disputa, na dualidade e no desequilíbrio que permeiam situações como essa.

A Doutrina Espírita, com base nos ensinamentos de Jesus, recomenda a busca do fortalecimento espiritual, a elevação do pensamento e do padrão vibratório aos benfeitores e a necessidade de os espíritas tornarem-se promotores da paz, evitando discussões infrutíferas e não tomando partido de um ou de outro lado… A recomendação é sempre pela emissão de vibrações de esperança, amor, entendimento, energias benéficas, com cada um dando sua contribuição para modificação da densidade vibracional que afeta a todos que esquecem de vigiar e orar. É indicado deixar de pensar na guerra e focar na paz…

As tristezas estão sempre presentes em um planeta com almas no estágio evolutivo da Terra, e todos podem ajudar a modificar realmente este mundo, fazendo parte de uma rede de amor e esperança, treinando o pensamento para o amor, nas alegrias da não guerra, no amor e na esperança, desenvolvendo a paz interior.. Esse é o dever dos cidadãos do mundo, criaturas de Deus.

Na terceira parte de O Livro dos Espíritos, mais precisamente no Capítulo VI, que trata da Lei de Destruição Allan Kardec dialoga com a equipe do Espírito Verdade sobre a guerra. Em um momento como o atual, nunca é demais recordar.

Seguem as questões de O Livro dos Espíritos que tratam do assunto…
Boa leitura e ótima reflexão!

III– GUERRAS

742. Qual a causa que leva o homem à guerra?
– Predominância da natureza animal sobre a espiritual e satisfação das paixões. No estado de barbárie os povos só conhecem o direito do mais forte, e é por isso que a guerra, para eles, é um estado normal. À medida que o homem progride ela se torna menos frequente, porque ele evita as suas causas, e quando ela se faz necessária ele sabe adicionar-lhe humanidade.

743. A guerra desaparecerá um dia da face da Terra?
– Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Então, todos os povos serão irmãos.

744. Qual o objetivo da Providência ao tornar a guerra necessária?
– A liberdade e o progresso.

744-a. Se a guerra deve ter como efeito conduzir à liberdade, como se explica que ela tenha geralmente por fim e por resultado a escravização?
– Escravização momentânea para sovar os povos, a fim de fazê-los andar mais depressa.

745. Que pensar daquele que suscita a guerra em seu proveito?
– Esse é o verdadeiro culpado e necessitará de muitas existências para expiar todos os assassínios de que foi causa, porque responderá por cada homem cuja morte tenha causado para satisfazer a sua ambição.

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